A importância do reflorestamento em áreas urbanas

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O reflorestamento é uma das principais estratégias no combate ao aquecimento global e um dos temas mais discutidos internacionalmente em sustentabilidade. Principalmente em metrópoles tão acinzentadas quanto São Paulo, com seus altos prédios e milhões de carros nas ruas, a arborização atua diretamente na melhora da infraestrutura urbana, contribuindo para a contenção de enchentes e dos fenômenos de ilhas de calor.

Com certeza, você já ouviu falar o quanto as áreas verdes contribuem para uma melhor qualidade de vida da população em grandes cidades. Mas já se perguntou o por quê? Bom, para isso é preciso entender alguns números. Na capital paulista, por exemplo, aproximadamente 3,9 mil toneladas de gás carbônico (CO2) são lançados na atmosfera por dia apenas pela frota dos 14 mil ônibus que fazem o transporte público.

As atividades de reflorestamento urbano promovem o seqüestro de CO2 da atmosfera, graças à fotossíntese, diminuindo assim a concentração deste gás – extremamente prejudicial quando encontrado em grandes concentrações e responsável pela intensificação do efeito estufa e do aquecimento global. Além de tudo, cada cidadão respira cerca de 10 mil litros de oxigênio por dia, o que reforça a necessidade de um ar mais puro nas cidades.

Projeto Pomar: reflorestamento urbano inovador

Neste cenário, o Projeto Pomar Urbano aparece como um dos mais importantes já realizados no Brasil. Iniciado em 1999, com o objetivo de recuperar a vegetação das margens do Rio Pinheiros, conta com a parceria do setor privado.

Junto à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo e a Empresa Metropolitana de Água e Energia (EMAE), em uma nova etapa do projeto, a Reservas Votorantim, gestora do Legado das Águas, está executando o maior plano de paisagismo urbano com espécies nativas da Mata Atlântica do Estado.

O objetivo, segundo o botânico que assina a proposta, Ricardo Cardim, é resgatar a estética original do rio Pinheiros e criar uma aproximação com a comunidade. “Tratamos esse projeto muito além do plantar mais árvores na Marginal Pinheiros. É uma soma positiva de técnicas e beleza, caminho para enfrentar os desafios que atingem metrópoles como São Paulo.”

Floresta atlântica no ambiente urbano

Em 13,5 quilômetros de extensão, o que corresponde a, aproximadamente, 8 hectares, do lado oeste do Rio Pinheiros (sentido Interlagos), a Reservas Votorantim vai plantar 30 mil exemplares de mais 30 espécies nativas diferentes. O grande diferencial desta proposta é permitir a criação de uma verdadeira floresta atlântica no ambiente urbano. Entre as espécies selecionadas estão Quaresmeiras, Manacás, Ipês, Araucárias, Cereja Brasileira, Palmito Jussara, Pitangueiras e Jabuticabeiras. Para conhecer mais sobre a iniciativa, acesse: link.

 

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